segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

dengo

Coisa boa é dengo. Aquele calor do cair da tarde na cama e par. O carinho dos dedos na ponta da orelha, o desenho dos contornos no rosto, o arrepio na nuca depois de um cheiro bom. Enrolar a pontinha do cabelo, juntar os pés até que eles se encaixem feito peças, procurar quentinho e conforto para a cabeça que recosta no peito. E ali dormir, e ali sonhar, e ali ouvir qualquer coisa - ou, com perdão, apenas fingir que está ouvindo, já que bate alto o amor ali dentro. Beijos suaves carimbando mãos, braços, pescoço, bochechas e onde mais houver espaço para o afeto. Que bonito é transformar em gesto o carinho sentido, a vontade de estar ali e sempre. Dengo é declaração de amor sem texto. Doce, puro, espontâneo e instantâneo. A prova mais linda do que é o querer muito, o querer bem.

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