terça-feira, 14 de junho de 2011

por um minuto

medos grãos
e as mãos
dele
em minhas
mãos

a escorrerem
a percorrerem
pulso, pernas,
pés, chão.

soltos
os versos
dados
os beijos
tempos
reversos
ânsias,
ensejos

e a agonia
dura
dos mas...
e a vontade
em ambos
de cais...
os contras
as contas
que o destino
virá
nos cobrar

amamos?
nos temos?
seremos,
será?

segunda-feira, 6 de junho de 2011

coragem

Não haverá sempre mão estendida, mas que não me falte fé. Não haverá sempre riso, mas que não me falte esperança. Não haverá sempre sim, não haverá chuva de compreensões, vontades, humanidades, coisa de gente bem gente, eu sei... Mas que haja em mim coragem, muita coragem - essa mesma que me dirige desde sempre e cada vez mais. Que haja Deus e os seus presentes, que haja os amigos e as possibilidades, que haja o redor, vivo, atraente, engrandecedor. Que haja os meus porquês, o que me mantem firme, forte, sonhadora, crente. Que eu saiba separar o joio do trigo, a verdade da desilusão, o acaso do destino. Que eu saiba... Mais, sempre, de tudo, incansavelmente aprendiz. Venha o que vier.