segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

conclusão

Duraremos

enquanto a distância

se fizer arrepio

enquanto a lembrança

for inteira e presente

enquanto as fotos

em nossas mentes

não ousarem desbotar.

Duraremos

até que venha o outro

E o abismo entre os dias

aconteça

Até que os futuros dos verbos

Percam seus rumos

E o que pulsa em nós

Desfaleça.

Duraremos

Até que se façam singulares

Todos os nossos sonhos

Ambos os nossos peitos

e sujeitos:

novamente estranhos

E dois.

3 comentários:

  1. e dor.

    e aí o tempo e pá.

    Confesso que não curto muito a dinâmica das coisas.

    Beijo, Mila.

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  2. "
    Duraremos
    até que venha o outro
    E o abismo entre os dias
    aconteça
    ...
    novamente estranhos
    E dois.
    "

    É de uma estranheza imensa quando o outro evita qualquer encontro para não ter que gastar até um bom dia; sendo que este outro até outro dia era o todo, e tudo.

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