terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

propensa

Estou propensa ao amor. Não que isso seja garantia de alguma coisa; Não que isso seja um letreiro na testa, um convite pra festa... simplesmente assim me encontro. Me assumo leve. Ando todo passo firme, embora suave. Trago doçura nos olhos, uma quietude no sorriso, um perfume de calma que é tão raro... tão raro. Derramo o que sinto em tudo o que toco, verdadeiramente. Sou entrega. Sinto quase que o tempo inteiro - e gosto de o fazer. Estar propenso ao amor é um estado de espírito e corpo: é possível notar. Tem o riso mais solto, mais tranqüilo. Os olhos mais brilhantes. Tem as mãos passeando seguras. O corpo desperto. É uma coisa bonita, isso, uma maturidade de sentimento, uma certeza de tudo – nunca sei explicar! Só sei que cabe no meu abraço agora todo o carinho do mundo, e o distribuo sem egoísmo: dou a quem precisa de ombro, a quem precisa de ouvido; dou a tem fome na alma, como tenho sempre eu. Dou porque tenho de sobra e este é o meu estado mais pleno, mais vivo. Não é preciso um par romântico para me sentir completa. Não é necessária a promessa de dois. É um amor maior, este que me toma... Um estado voluntariamente feliz e confiante para com todas as coisas. Que me faz, como agora, dançar sozinha na sala brindando uma taça de vinho com o espelho. Quando essa sensação me acontece... eu já sei: vem aí um mar. E estou a postos para um mergulho profundo.

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