quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

1, 2, 3, go!

Começar o ano de branco e manter seus primeiros dias também assim. Brancos, novos, puros, páginas a espera do correr dos dias e dedos. Brancos! Zerar tudo o que não foi vivido, as angústias iminentes, o passado que não anda – nem é bom repetir, deixa lá, deixa lá. Brancos! Tempos ávidos pelo preenchimento que virá, tão promissor, tão bonito, tão latente. Encorajo meu peito, sorrio meus olhos, ergo minhas mãos para a luta: somos novos e somos tantos, há um mundo e há possibilidades, quero tudo, quero muito, quero brancos! Me perdoe você, que não me aconteceu… precisei te abandonar. Abandonei também, aliás, os dias cinzas, as reticências estendidas, os soluços parasitas, abandonei os planos falíveis, abandonei as roupas que já não mais uso, abandonei tantos medos, os nãos que eu comumente invento, abandonei as pessoas que foram quaisquer, e só quaisquer, nos lábios meus... Abro minhas portas para o possível, sem entraves, sem trancas, sem memórias, bandeira estendida dos virgens: branco!

Chegue-me pleno e em paz, destino, que meu calendário é todo seu.

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