segunda-feira, 12 de setembro de 2011

quatro mãos


aliviando sentimentos e conversando sobre a vida, o amor e todas as coisas, eu e a minha amada e talentosa amiga ludimila ventura fizemos das agonias palavras. quase que sem querer, mas tão cheias de alma e sintonia. eu rimei meio canção, ela poetizou em prosa.

e assim sentimos nós:

Ludi


Se eu pudesse pedir algo... vida, Deus, tempo: gostaria de uma certa peneira de amanhãs. Um filtro, sabe? Um seletor. Não quero esbarrar em ausências. Gente que falta alma, que falta amor, que falta fé. Não venha. Não encoste. Não sugue de mim o que eu tenho trabalhado noite e dia para conservar puro. Não vem não. Não vem de sorriso aberto se peito tiver fechado. Quero o que é sincero. E se não for, prefiro vida com todas as plenitudes outras que ela me propõe. Cuidar das vírgulas nossas, das arestas que nos machucam o calcanhar, viver em si. Esse é meu pacto maior. Minha lei atual. Meu modus operandi.


Eu:


O sentimento que resta

Quase que fresta

Rasga

o silêncio da noite

Antes fosse só verso,

Antes só verso,

Ah, antes fosse...


E não que haja culpados,

Nada nem ninguém errado:

Aceitar o destino

e ponto.

Vento batendo na vela

E o desejo dela:

Ah, coração...

fique pronto.


E a nós,

Que venha o tempo.

E a nós,

Que venha o tempo.

E a nós,

Que venha o tempo.

E a nós,

Que venha o tempo.


E seu perdão

E os porquês

O que tiver

Assim vai ser...


E seu perdão

E os porquês

O que tiver

Assim vai ser...

Um comentário: