terça-feira, 3 de maio de 2011

novidade

Eis que o destino e suas (ou minhas?) loucuras acontecem: me mudei para São Paulo. De uma vontade de tudo, de um medo de tudo, de uma esperança de tudo, de uma certeza de nada. Vim assim, repentinamente, sem me dar chances de outras opções. Aportei com minhas poucas malas e tantos sonhos. Frio na barriga e em todas as outras partes do corpo. Me joguei sem pensar – é hora de sentir.

Me mudei para São Paulo. Encaro meus medos todos os dias: cumprimento-os com uma naturalidade lentamente crescente, desejando ansiosamente que eles, algum dia, não sejam mais meus.

Às vezes é triste olhar para trás e pensar no que deixei; às vezes é duro olhar para frente e ver o tanto que ainda tenho para caminhar. Mas sacudo os pensamentos, engulo o choro, respiro fundo e firmo os pés, ainda que temerosos: escolhi. É. Será.

Vivo a cidade. Pergunto se vai chover, eles dizem que não - o céu é mesmo assim. Rio e faço que tudo bem: quero o que é possível, o que tiver de ser meu. Procuro me conformar com o que for necessário, por enquanto.

O vento gelado abusa, me estraga a voz e a saúde, mas sigo. Caminhos meus passos procurando graça para os olhos, inventando coisas, metas, projetos, preenchimentos de tempo. Rio das minhas bochechas vermelhas, queimadas do frio. Ouso sonhar com cores. Observo, pelas janelas dos táxis, esse mundo de concreto e luz que agora é também meu.

Suspiro, como quem só começa, mas também acredita: que labirinto enorme para a minha poesia.

3 comentários:

  1. Sentimento tão par. Eu, de Curitiba, para o interior de Santa Catarina. E a saudade. Ah, moça Camila!

    **Estrelas e luz, bela!**

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  2. tudo ocorrerá
    de uma maneira ou
    outra.
    teimemos (orando)
    para que essa 'outra'
    seja boa.
    agora, sem mais opções,
    deixo, penso, e desejo
    a 'boa' que me resta
    ::sorte.

    bjs, milasssss

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  3. Sinto igual! Fé, otimismo e ação! (E vamos que vamos que dá!;)

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