quarta-feira, 20 de outubro de 2010

destino das coisas


Dirijo pelas ruas assistindo a chuva a derrubar os medos do mundo. Há tudo de melancolia no ato de chover: ao mesmo tempo em que a chuva lava, leva.

Uma cena corriqueira sempre me desperta sentidos em tempos assim: na beirada de um e outro paralelepípedo, durante o percurso, vejo guarda-chuvas destruídos, abandonados. agonizando a ira do vento. Sugerem tristeza: não tiveram força para suportar sua missão. Têm sua fraqueza exposta em meio ao caos, quase que imperdoavelmente. Que dor lhes é maior agora? Alguma coisa salva o seu erro de existir?

Trago de volta para a pista o olhar. Rio sozinha.

Que necessidade em mim é essa que até ao que não sente quer fazer sentir.

3 comentários:

  1. é por isso que seu blog tem esse nome e você essa alma!
    linda.

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  2. Absolutamente linda É madrugada agora e estou exausta. Volto. **Estrelas**

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  3. adoroooooooooooooooooooooooooooooooo
    bjs
    nereida

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