quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
memória da pele
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
diante do sol
domingo, 23 de setembro de 2012
exercício
todas as humanidades?
fria
domingo, 10 de junho de 2012
sabedoria
quinta-feira, 24 de maio de 2012
sem muita rima, com muito gosto
segunda-feira, 21 de maio de 2012
guerreio
terça-feira, 15 de maio de 2012
wondering
sexta-feira, 20 de abril de 2012
1 ano de são paulo
cidade que tudo dá
e tudo cobra.
do alto dos prédios,
aos beijos dos ventos,
contemplo sua obra:
essa imponência dura,
mas também essa ciência nobre
de seguir em frente.
pulsa: é feita de gente.
vive. e eu acompanho.
não me desfaço
dos vestidos de flores
(embora hoje use
um pouco menos de cores)
nem deixo de lado
minha saudade de mar.
mas vivo.
atenta, sedenta,
retribuindo ganhos
compreendendo que antes
vem o que é,
não o que será.
derramo calma no peito
e brindo, sob o efeito:
o agora
é meu lugar.
terça-feira, 17 de abril de 2012
ele
Soltei a sua mão sem soltar de verdade.
Em tudo e todos, você sempre esteve presente. Não como certeza à espera, não como eterna possibilidade; não como remédios aos outros nãos. Era bem maior esta presença. Bem mais forte. Era a do amor mais puro, o amor inocente, o amor quando não se pensa em outras coisas que não o amor. (Me pergunto se isso nos acontece mais de uma vez).
Mas eu soltei a sua mão.
E imaginava – sabia - que um dia, cansado, você faria o mesmo. Mas de verdade.
Chorei um choro desesperado, abafando meu entendimento. Quis.
Deixei doer. Até inchar os olhos, até ouvir somente os ecos dos soluços, até se formar um rio que alagou o quarto, a casa, os prédios que em volta dormiam.
Tremi de medo. Me senti absurda e completamente solta. E só.
Depois,
esse enorme silêncio em mim.