cidade que tudo dá
e tudo cobra.
do alto dos prédios,
aos beijos dos ventos,
contemplo sua obra:
essa imponência dura,
mas também essa ciência nobre
de seguir em frente.
pulsa: é feita de gente.
vive. e eu acompanho.
não me desfaço
dos vestidos de flores
(embora hoje use
um pouco menos de cores)
nem deixo de lado
minha saudade de mar.
mas vivo.
atenta, sedenta,
retribuindo ganhos
compreendendo que antes
vem o que é,
não o que será.
derramo calma no peito
e brindo, sob o efeito:
o agora
é meu lugar.
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