fere o lábio.
vê pingando dali
alguma amargura.
azeda à força
esse lado doçura
corre de olhos fechados
por entre a multidão.
e se cair,
e se não.
e se sangrar.
e se, por acaso,
amaldiçoar -
assumirá
todas as humanidades?
todas as humanidades?
é por elas
que agora procura.
não vai relevar o de dentro.
não vai derramar o olhar.
o coração vai bater
mas, por ora,
sem apanhar,
pausa nos versos,
nos certos,
nos tempos.
é preciso assistir
o ruir do silêncio,
fria
fria
e delicadamente.
conhecer as ranhuras,
as entranhas,
romper as suturas.
fazer-se luz
com a força do breu:
o outro lado,
o outro eu.
Quanta delicadeza e força cabem ao mesmo tempo em suas palavras!
ResponderExcluir"...fazer-se luz,
com a força do breu..."
Mto lindo!! Obrigada por estas palavras!
Vanusa
de nada, vanusa! eu que agradeço suas palavras bonitas :)
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