cegos seguimos
como começamos
tateando amor
e chão
revezando sim
e não
cegos mergulhamos
em nosso oceano
nos beijamos
prendendo
a respiração
e aí nos despimos
e aí nos amamos
e aí nos quisemos
e aí nos negamos
e aí nos fizemos
passado, presente, futuro
mistura mítica
- ansiedade crítica -
e aí fomos tão.
agora mãos
suando
cabeças fervendo
silêncios pairando
agora
essas incertezas
distraindo a beleza
a qual nos doamos
ah, doamos,
doamos,
doamos!
depois, tudo deve
se ajeitar
se ajeitar
que amor é assim,
né:
tem que doer
tem que doer
pra vingar.
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