Se apresenta como calor.
Chega perto. Acorda o arrepio. Entra nos olhos, em primeira instância. Faz acampamento.
Acende a lareira de dentro, serve uma taça de vinho. Guarda o cigarro para depois.
Passeia pela ponta dos dedos, dos pêlos, nos riscos das peles, nos vãos dos poros. Crescente. Pulsante. Arfante. Serpente.
Explora cada um dos seus novos territórios. É dono dali.
Abraça, respira, língua o desejo, rasga silêncios, afirma com os olhos e coxas. Acaricia com tudo: cabelos, cílios, cotovelos, dobras, lábios, entranhas.
Dança. Faz poesia de corpos. Dança. Derrete todos os sentidos.
Funde.
Espasma e sussurra pra dentro.
Depois,
Suspira profundo,
Relembra do mundo
e derrama-se em dois, novamente,
para dormir a alegria da alma.
PQP, Mulhaer. Que coisa mais linda. Chegou a flatar ar, bela! **Estrelas, estrelas, estrelas!**
ResponderExcluirQue coisa mais linda esse texto, amiga! Deu até invejinha dessa intensidade. :)
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