“O
que me tranquiliza é que tudo o que existe, existe com uma precisão absoluta. O
que for do tamanho de uma cabeça de alfinete não transborda nem uma fração de
milímetro além do tamanho de uma cabeça de alfinete. Tudo o que existe é de uma
grande exatidão.”
Clarice
disse. E eu procuro entender.
Corro
o dedo no contorno das coisas, olho através do vidro a chuva, os carros, o
cinza, o tempo.
O silêncio tem sua medida neste quarto. A luz, o vento que vem dos corredores, os cantos e as portas também. Mas quase que numa oração, quase que numa doce transgressão, desejo: que o amor não.